segunda-feira, 4 de julho de 2011

Perdendo letras

Quantas coisas lindas já escreví! (E nem sequer as li!)
Quantos textos lindos já guardei! (E perdi!)

Faltou cuidado com os textos. Mas tudo bem, afinal, a maioria das poesias foram dedicadas a pessoas que não tiveram cuidado comigo.

Vejo só

O que eu vejo só eu vejo
A dor que sinto só eu sinto
A alegria, quando tenho, todos percebem
O amor que sinto também sente quem eu amo

Minha vida é minha
Onde eu a vivo nós vivemos
Aqui estamos, mas não é nosso

Nada é tão somente teu ou meu
Nada é nosso absolutamente
Tudo é de todos e ao mesmo tempo de ninguém

É minha a visão, não o que eu vejo
É minha a dor, não a sua causa
É meu o amor, você existe em meus olhos.

Às vezes penso que ela é minha!
Que bom! Que vida bela!
Às vezes minha, outras vezes dela!

Poesia?

Se o que eu faço não é poesia também não é da sua conta.

Se o que eu escrevo não tem rima
contra a rima eu faço afronta

Tem que ter métrica?
Tem que ser organizada?
Tem que ser épica? Inesquecível? Eternizada?

Quer saber se o que eu faço é poesia? Eu te digo: Não!
O que eu faço é bem mais simples
Retiro palavras do coração.

Bruno Gustavo